segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Diploma em Jornalismo


O principal argumento, entre os tantos que se pode levantar para a exigência do diploma de nível superior para o exercício profissional do jornalismo, é o de que a sociedade precisa, tem direito à informação de qualidade, ética e democrática. Informação que depende, também, de uma prática profissional igualmente qualificada e baseada em ética e democracia. E uma das formas de se preparar, de se formar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo.


Qualquer pessoa que conheça a profissão sabe que qualquer cidadão pode se expressar por meio de qualquer mídia e a qualquer momento. Quem impede as fontes de se manifestarem não é nem a exigência do diploma nem a regulamentação, porque é função do jornalismo ouvir todos os setores sociais, todo e qualquer campo de conhecimento, desde que seja de relevância social e de interesse público.

Nunca é demais repetir, também, que qualquer pessoa pode expor seu conhecimento sobre a área em que é especializada. Por isso, existem tantos artigos, na mídia, assinados por médicos, advogados, engenheiros, sociólogos, historiadores.

A defesa da regulamentação profissional e do surgimento de escolas qualificadas remonta ao primeiro congresso dos jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século 20: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 79.

Foi o século (especialmente na segunda metade) que também reconheceu no jornalismo –seja no Brasil, nos Estados Unidos, em países europeus e muitos outros- um ethos profissional. Ou seja, validou socialmente um modo de ser profissional, que tenta afastar a picaretagem e o amadorismo e vincular a atividade ao interesse público e plural, fazendo do jornalista uma pessoa que dedica sua vida a tal tarefa – e não como um bico.


Com tal perspectiva, evoluíram e se consolidaram princípios teóricos, técnicos, éticos e estéticos profissionais, disseminados por diferentes suportes tecnológicos, como televisão, rádio, jornal, revista, internet. E em diferenciadas funções, do pauteiro ao repórter, do editor ao planejador gráfico, do assessor de imprensa ao fotojornalista.

Para isso, exige-se profissionais multimídia que se relacionem com outras áreas e com a realidade a partir da especificidade profissional; que façam coberturas da Ciência à Economia, da Política aos Esportes, da Cultura à Saúde, da Educação às questões agrárias com qualificação ética e estética, incluindo concepção teórica e instrumental técnico a partir de sua área. Tais tarefas incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada, da simples notícia à grande reportagem.

"A formação em Jornalismo, que deve ser constante e aprimorada durante toda a vida, é a base inicial para o exercício regulamentar da atividade. A tudo isso chamamos profissão Jornalismo. E não nos parece pouco", conclui Beth Costa, presidente do Conselho Nacional dos Jornalistas.




quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A crise mundial

De acordo com alguns especialistas, o indicador negativo mais visível da crise é o fracasso da invasão do Iraque, que assume um duplo aspecto. Por um lado constitui um duro golpe para a estratégia norte-americana de controle dos recursos petrolíferos mundiais; a aventura iraquiana e a ocupação do Afeganistão foram criadas pela equipe Bush como implantações iniciais que seriam seguidas pela invasão do Irã e pela colonização das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, pressionando a Rússia e a China até submetê-las completamente.

O esquema transformou-se num pântano e a possível retirada (derrota) dos invasores do Iraque muito provavelmente desencadeará uma escalada de movimentos anti-norteamericanos a partir do Médio Oriente, passando pelo Paquistão e chegando às Filipinas e Indonésia. Os povos islâmicos (mais de 1300 milhões de pessoas) serão a base humana dessas transformações.

Um outro aspecto, ainda mais grave, é que o fiasco no Iraque mostra a impotência do sistema militar estadunidense para ganhar rapidamente uma guerra contra um país de apenas 25 milhões de habitantes destruído por uma sucessão de guerras (a guerra Iraque-Irão, a primeira guerra do Golfo, a longo década de bombardeios anglo-norteamericanos).

"Fraca moral de combate das tropas regulares e dos mercenários (os famosos 'contratistas' ) que desperdiçam armamento e massacram população civil indefesa. Fanfarronice tecnológica acompanhada por uma logística desmedida, paralisante, resultado da falta de apoios locais significativos. Repete-se assim a história dos declínios de impérios e civilizações do passado", reitera a maioria dos economistas.

Ainda sob a ótica dos investidores, outro factor de crise é a acumulação explosiva de desequilíbrios. O déficit do comércio exterior vem crescendo há mais de uma década, mas agora chega a níveis insustentáveis (mais de 500 mil milhões em 2003, que certamente serão ultrapassados este ano) devido a um setor industrial cada dia menos competitivo e corroído pela dinâmica financeira.

Por trás da expansão dos desequilíbrios encontra-se a prosperidade efémera gerada pela segunda borbulha financeira que se centra na especulação imobiliária. A baixa das taxas de juros, até chegar aos 1%, e a multiplicação de incentivos públicos impulsionaram uma avalanche de empréstimos hipotecários sobre habitações.Acrescenta-se a isto a crise energética.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Guerra Santa

O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano.


Foi o ponto alto do movimento sionista que buscava um Estado independente para os judeus.Desde então, a história de Israel, assim como a sua extensão territorial, tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas. Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse.


Em 1993, foi assinado o Acordo de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos judeus - sob protestos destes - da faixa de Gaza. Apesar da devolução da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo de "status final" ainda precisa ser estabelecido.


Para isso, será preciso resolver os principais pontos de discórdia, que são o status de Jerusalém e o destino de refugiados palestinos e de assentamentos judeus.Mais recentemente, a eleição do Hamas - grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel - em janeiro de 2006 para liderar o Conselho Legislativo Palestino congelou as relações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Violência contra a mulher



De acordo com a Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Previnir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico á mulher, tanto da esfera pública como na esfera privada”.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade têm trabalhado para eliminar esse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.


A violência doméstica é a forma de violência mais comum na vida da mulher, muito mais freqüente do que a exercida por estranhos ou simples conhecidos, e deixa conseqüências gravíssimas na saúde das vítimas, revela estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como uma das pautas abordadas no encontro que debateu a "comunicação e a violência", no último dia 18 , na Faculdade Estácio de Sá,chegou-se á conclusão, que a violência doméstica acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres.

É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Em Belo Horizonte, segundo a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, o número total de atendimentos a mulheres vítimas de agressão dobrou no primeiro semestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007.

Os abusos físicos mais freqüentes são tapas, socos, espancamentos e homicídios. Existem, ainda, as agressões sexuais, caracterizadas pelo estupro, atentado violento ao pudor e assédio sexual.

Mas não é apenas a violência física que mutila as mulheres, abusos psicológicos como ameaças, privações, maus-tratos e discriminação atingem o emocional das mulheres vitimadas, destruindo sua auto-estima.

A violência interfere no exercício dos direitos de cidadania e na qualidade de vida das mulheres. Quase duzentas denúncias de violência contra a mulher foram registradas no mês passado em Belo Horizonte. E segundo a Promotoria de Justiça especializada nesse tipo de crime, o número de processos está aumentando.





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Leia também:

Violência sexual
Violência contra idosos
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Violência doméstica










quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"Vidas no escuro "

Cláudia Trindade , estudante do 7º período do curso de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá ,terá como tema , a comunicação na vida dos deficientes visuais para o trabalho de final de curso. Como o projeto pode ser feito em grupo , ela contará com a colaboração de outros dois colegas .

A idéia dos estudantes é fazer um documentário sobre o dia a dia dos cegos e como eles se relacionam com a comunicação , abordando a ultilização da mesma para resolver problemas simples e complexos do seu cotidiano.


Baseados no já explícito descaso do Estado e o preconceito implícito das pessoas , o grupo pretende fazer um raio x , da difícil vida dos cegos em uma grande metrópole como BH. O processo de inclusão e a acessibilidade vão forçando as pessoas a verem as deficiências, a trabalhar, conviver, a existir do lado dos deficientes , fazendo com que o preconceito ir caia e se modifique.


As pessoas acabam por achar mais comum, algumas até natural, estarem com uma pessoa com deficiência.O projeto vai mostrar o trabalho feito pela ACLB( Associação de Cegos Louis Braille) , que existe desde 1933 e é referência na assistência ao deficiente visual em Minas Gerais, além de orientar a população de como cuidar da saúde dos olhos.


Outro instituto que presta um grande serviço aos deficientes , é o São Rafael ,localizado no centro de Belo Horizonte. Atualmente há dois decretos , duas leis e duas portarias na constituição nacional em favor das pessoas com esta deficiência.


O documentário , como já foi dito visa mostrar a rotina de um cego. A história será contada sem a interferência dos alunos no dia a dia dos personagens. A idéia é que as questões abordadas , fiquem em off, e , apenas as respostas , veiculadas. Também fará parte do documentário , a relação dos deficientes com os meios tradicionais de comunicação como , jornal , rádio , tv , e internet.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Brasil em Pequim

Desde o dia 06 de agosto , de acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) , 11.128 atletas do mundo inteiro , disputam em Pequim na China , um lugar entre os melhores do esporte mundial.
A delegação brasileira conta com 277 atletas , sendo 145 homens e 132 mulheres , a maior já levada a uma olimpíada.
O Brasil tem ainda várias promessas de medalhas nos jogos , já que algumas deram adeus ao sonho olímpico precocemente , como é o caso do judoca João Derly , bronze em Atenas.
Até agora temos quatro medalhas no total , todas de bronze , três do judô e uma vinda da natação , conquistada por César Cielo nos 100m livre(foto).
Nos esportes coletivos , a esperança fica com as seleções de vôlei masculina e feminina , as duas do futebol e as duplas do vôlei de praia.
No individual , Washigton Silva , que disputa as quartas de finais no boxe olímpico , peso médio também tem grandes chances , assim como Jadel Gregório no salto triplo , Maurren Maggi no salto em distância e Robert Scheidt , na vela.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) , espera alcançar o recorde de medalhas conquistadas em olimpíadas , que hoje ainda é o de Atlanta , onde amealhamos 15 medalhas no total.
De acordo com Carlos Artur Nuzman , presidente do COB , todos os recordes em números de atletas , modalidades esportivas e performances individuais foram superados.
Além dos membros do COB , outro que se mostrava bem otimista , foi o ministro dos Esportes Orlando Silva Jr. , que marcou presença na cerimônia de abertura dos jogos , " o primeiro objetivo do Brasil é ter a melhor participação de todos os tempos".
O encerramento será no dia 24 de agosto , dia em o mundo verá a continuação da linda festa que a China preparou para o público.