quarta-feira, 1 de abril de 2009

jornalismo digital



A criação de um novo espaço de comunicação, multimidiático, está mudando um modelo que por muito tempo dominou a comunicação de massa. As atuais formas de comunicação - a mídia impressa, o rádio e a televisão - distribuem informação baseadas no modelo de "um para muitos".

De acordo com Pollyana Ferrari(professora e jornalista), em entrevista cedida ao também professor de webjorlismo André Deak, embora essa transformação no modelo comunicacional esteja no início e as pessoas ainda tenham uma relação pouco interativa com o meio digital, as mídias tradicionais já perceberam que estão diante de um quadro novo e que é preciso investir em novas tecnologias para acompanhar o ritmo das mudanças. Hoje, as mais importantes empresas jornalísticas no mundo possuem sites com versões digitais de seus principais produtos editoriais e a tendência é que estas empresas ampliem seus investimentos no setor das mídias interativas.


A entrada de jornais e revistas na Internet inicia um novo meio de comunicação que reúne características de todas as outras mídias e que tem como veículo a Web. O jornalismo digital representa uma revolução no modo de produção e divulgação das notícias. O papel vai dando lugar a meios eletrônicos.Desta maneira podem ser atualizados instantaneamente na tela do computador na forma de textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo; recursos multimídia que estão ampliando as possibilidades da mídia impressa.



Também se discute se o objetivo das corporações jornalísticas é fazer o marketing de resultados para ter lucro ou fazer jornalismo para servir. O avanço tecnológico da mídia acabou gerando um usuário mais informado, mais exigente e mais interativo.

O advento da World Wide Web, em 1989, foi decisivo para este boom de publicações na Internet, possibilitando uma melhor adaptação de jornais e revistas ao suporte digital. Pela primeira vez, a rede ganhava uma interface gráfica amigável, baseada em hipertexto e multimídia, que permitia aos usuários acessarem qualquer informação. Já não era mais preciso aprender uma série de comandos complicados para navegar na Internet. Desta forma, ela se tornou muito mais interessante e fácil de acessar, atraindo um grande número de internautas que já somam mais de 40 milhões em todo o mundo.

Os baixos custos de produção de um site na Web representam outro fator determinante para o crescimento da versão online. Um número cada vez maior de publicações de pequeno porte tem lançado suas versões eletrônicas na Internet, disputando espaço com grandes corporações jornalísticas.






Mesmo nos casos de publicações de grande circulação, é mais barato produzir uma edição eletrônica do que o seu equivalente impresso. Nos Estados Unidos, por exemplo, para lançar uma revista mensal, de alcance nacional, gasta-se cerca de 15 milhões de dólares. Na Internet, este valor cai para 100 mil dólares, com a vantagem de que ela estará acessível para todo o mundo.

De 1995 para cá, os sites de notícias evoluíram muito e passaram a explorar de forma mais objetiva e criativa os recursos da Web. As melhores publicações digitais hoje vão além da simples transposição do conteúdo editado em suas versões impressas e disponibilizam dados e informações que complementam as que ficaram de fora da edição impressa, além de matérias exclusivas para a Web com links para outros sites, áudio, vídeos, animações e etc.

Além disso, nestas publicações, o leitor tem acesso a bancos de dados, arquivos eletrônico com edições passadas, fóruns de discussão e sistema de bate-papo em tempo real, dispositivos de busca em classificados online, notícias atualizadas a todo o instante e uma série de outros serviços, graças a versão digital.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

barrigas



A imprensa brasileira tem sido duramente criticada pelos meios de comunicação europeus no que diz respeito à apuração do "caso Paula Oliveira" , em que uma advogada brasileira supostamente grávida, teria sido (também supostamente) torturada e espancada por neonazistas suiços numa estação de trem no subúrbio de Zurique.


O motivo das críticas não é a denúncia em si, de uma possível atitude preconceituosa em relação a estrangeiros que vivem na europa , é o trabalho preguiçoso e porco que se fez na cobertura realizada por nossos colegas de profissão, em mais um escândalo internacional envolvendo um brasileiro.


A imprensa brasileira esqueceu o adjetivo "suposto" no episódio da advogada agredida. Teria que ser um procedimento normal, já que os jornalistas e os meios de comunicação não testemunharam e nem podiam comprovar a veracidade dos fatos, mas já foram dando como certa a história vinda de tão longe e tão rapidamente veiculada na mídia (internet,tv,rádio e impresso) antes mesmo de uma apuração mais cuidadosa.


A imprensa, aqui e lá fora, tem acumulado, ao longo do tempo, uma série de deslizes informacionais dignos de nota. O jargão jornalístico tem um termo - "barriga" - para designar as bobeadas dos jornalistas, assim como lança mão de outro - o "furo" - para indicar aquela notícia "bomba" veiculada exclusivamente por um veículo.


A internet tem propiciado,pela aceleração de notícias veiculadas,pela falta de atenção e por falta de senso crítico de alguns jornalistas, algumas "barrigas" memoráveis. Os profissionais da informação estão cada vez mais propensos às "barrigas" porque, sem tempo para uma checagem mais detalhada das notícias que chegam a eles e ansiosos para dar um "furo" de reportagem, a situação se desenha para tal precipitação.


Infelizmente, no entanto, os "boimates" e os "mico-leões prateados" não são coisas do passado e povoam os nossos veículos o tempo todo, pairando como ameaças à credibilidade da imprensa e dos jornalistas.


O "boimate" foi publicado pela Veja em abril de 1983 e referia-se a uma "sensacional" descoberta ocorrida na Alemanha (mais precisamente na cidade de Hamburgo - o que, como iremos ver nada tem de acidental). Dizia respeito à pesquisa de investigadores alemães que, respaldada em processo inédito para a fusão de células animais e vegetais, culminou com um produto singular:

o "boimate", meio carne, meio tomate, ou seja algo que dava em árvore e que, em resumo, se constituía em um hambúrguer que já vinha com catchup.


O Correio Braziliense, jornal tradicional de Brasília, na década de 90, também comeu a sua "barriga" ao noticiar a descoberta em São Paulo do "mico leão prateado" que, segundo a notícia, seria uma mutação do "mico leão dourado", provocada pela poluição paulista. O veículo não percebeu que o telefone que constava do release responsável pela brincadeira era do Disk Piada de Brasília.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Diploma em Jornalismo


O principal argumento, entre os tantos que se pode levantar para a exigência do diploma de nível superior para o exercício profissional do jornalismo, é o de que a sociedade precisa, tem direito à informação de qualidade, ética e democrática. Informação que depende, também, de uma prática profissional igualmente qualificada e baseada em ética e democracia. E uma das formas de se preparar, de se formar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo.


Qualquer pessoa que conheça a profissão sabe que qualquer cidadão pode se expressar por meio de qualquer mídia e a qualquer momento. Quem impede as fontes de se manifestarem não é nem a exigência do diploma nem a regulamentação, porque é função do jornalismo ouvir todos os setores sociais, todo e qualquer campo de conhecimento, desde que seja de relevância social e de interesse público.

Nunca é demais repetir, também, que qualquer pessoa pode expor seu conhecimento sobre a área em que é especializada. Por isso, existem tantos artigos, na mídia, assinados por médicos, advogados, engenheiros, sociólogos, historiadores.

A defesa da regulamentação profissional e do surgimento de escolas qualificadas remonta ao primeiro congresso dos jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século 20: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 79.

Foi o século (especialmente na segunda metade) que também reconheceu no jornalismo –seja no Brasil, nos Estados Unidos, em países europeus e muitos outros- um ethos profissional. Ou seja, validou socialmente um modo de ser profissional, que tenta afastar a picaretagem e o amadorismo e vincular a atividade ao interesse público e plural, fazendo do jornalista uma pessoa que dedica sua vida a tal tarefa – e não como um bico.


Com tal perspectiva, evoluíram e se consolidaram princípios teóricos, técnicos, éticos e estéticos profissionais, disseminados por diferentes suportes tecnológicos, como televisão, rádio, jornal, revista, internet. E em diferenciadas funções, do pauteiro ao repórter, do editor ao planejador gráfico, do assessor de imprensa ao fotojornalista.

Para isso, exige-se profissionais multimídia que se relacionem com outras áreas e com a realidade a partir da especificidade profissional; que façam coberturas da Ciência à Economia, da Política aos Esportes, da Cultura à Saúde, da Educação às questões agrárias com qualificação ética e estética, incluindo concepção teórica e instrumental técnico a partir de sua área. Tais tarefas incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada, da simples notícia à grande reportagem.

"A formação em Jornalismo, que deve ser constante e aprimorada durante toda a vida, é a base inicial para o exercício regulamentar da atividade. A tudo isso chamamos profissão Jornalismo. E não nos parece pouco", conclui Beth Costa, presidente do Conselho Nacional dos Jornalistas.




quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A crise mundial

De acordo com alguns especialistas, o indicador negativo mais visível da crise é o fracasso da invasão do Iraque, que assume um duplo aspecto. Por um lado constitui um duro golpe para a estratégia norte-americana de controle dos recursos petrolíferos mundiais; a aventura iraquiana e a ocupação do Afeganistão foram criadas pela equipe Bush como implantações iniciais que seriam seguidas pela invasão do Irã e pela colonização das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, pressionando a Rússia e a China até submetê-las completamente.

O esquema transformou-se num pântano e a possível retirada (derrota) dos invasores do Iraque muito provavelmente desencadeará uma escalada de movimentos anti-norteamericanos a partir do Médio Oriente, passando pelo Paquistão e chegando às Filipinas e Indonésia. Os povos islâmicos (mais de 1300 milhões de pessoas) serão a base humana dessas transformações.

Um outro aspecto, ainda mais grave, é que o fiasco no Iraque mostra a impotência do sistema militar estadunidense para ganhar rapidamente uma guerra contra um país de apenas 25 milhões de habitantes destruído por uma sucessão de guerras (a guerra Iraque-Irão, a primeira guerra do Golfo, a longo década de bombardeios anglo-norteamericanos).

"Fraca moral de combate das tropas regulares e dos mercenários (os famosos 'contratistas' ) que desperdiçam armamento e massacram população civil indefesa. Fanfarronice tecnológica acompanhada por uma logística desmedida, paralisante, resultado da falta de apoios locais significativos. Repete-se assim a história dos declínios de impérios e civilizações do passado", reitera a maioria dos economistas.

Ainda sob a ótica dos investidores, outro factor de crise é a acumulação explosiva de desequilíbrios. O déficit do comércio exterior vem crescendo há mais de uma década, mas agora chega a níveis insustentáveis (mais de 500 mil milhões em 2003, que certamente serão ultrapassados este ano) devido a um setor industrial cada dia menos competitivo e corroído pela dinâmica financeira.

Por trás da expansão dos desequilíbrios encontra-se a prosperidade efémera gerada pela segunda borbulha financeira que se centra na especulação imobiliária. A baixa das taxas de juros, até chegar aos 1%, e a multiplicação de incentivos públicos impulsionaram uma avalanche de empréstimos hipotecários sobre habitações.Acrescenta-se a isto a crise energética.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Guerra Santa

O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano.


Foi o ponto alto do movimento sionista que buscava um Estado independente para os judeus.Desde então, a história de Israel, assim como a sua extensão territorial, tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas. Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse.


Em 1993, foi assinado o Acordo de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos judeus - sob protestos destes - da faixa de Gaza. Apesar da devolução da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo de "status final" ainda precisa ser estabelecido.


Para isso, será preciso resolver os principais pontos de discórdia, que são o status de Jerusalém e o destino de refugiados palestinos e de assentamentos judeus.Mais recentemente, a eleição do Hamas - grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel - em janeiro de 2006 para liderar o Conselho Legislativo Palestino congelou as relações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Violência contra a mulher



De acordo com a Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Previnir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico á mulher, tanto da esfera pública como na esfera privada”.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade têm trabalhado para eliminar esse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.


A violência doméstica é a forma de violência mais comum na vida da mulher, muito mais freqüente do que a exercida por estranhos ou simples conhecidos, e deixa conseqüências gravíssimas na saúde das vítimas, revela estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como uma das pautas abordadas no encontro que debateu a "comunicação e a violência", no último dia 18 , na Faculdade Estácio de Sá,chegou-se á conclusão, que a violência doméstica acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres.

É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Em Belo Horizonte, segundo a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, o número total de atendimentos a mulheres vítimas de agressão dobrou no primeiro semestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007.

Os abusos físicos mais freqüentes são tapas, socos, espancamentos e homicídios. Existem, ainda, as agressões sexuais, caracterizadas pelo estupro, atentado violento ao pudor e assédio sexual.

Mas não é apenas a violência física que mutila as mulheres, abusos psicológicos como ameaças, privações, maus-tratos e discriminação atingem o emocional das mulheres vitimadas, destruindo sua auto-estima.

A violência interfere no exercício dos direitos de cidadania e na qualidade de vida das mulheres. Quase duzentas denúncias de violência contra a mulher foram registradas no mês passado em Belo Horizonte. E segundo a Promotoria de Justiça especializada nesse tipo de crime, o número de processos está aumentando.





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Leia também:

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Violência contra idosos
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Violência doméstica










quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"Vidas no escuro "

Cláudia Trindade , estudante do 7º período do curso de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá ,terá como tema , a comunicação na vida dos deficientes visuais para o trabalho de final de curso. Como o projeto pode ser feito em grupo , ela contará com a colaboração de outros dois colegas .

A idéia dos estudantes é fazer um documentário sobre o dia a dia dos cegos e como eles se relacionam com a comunicação , abordando a ultilização da mesma para resolver problemas simples e complexos do seu cotidiano.


Baseados no já explícito descaso do Estado e o preconceito implícito das pessoas , o grupo pretende fazer um raio x , da difícil vida dos cegos em uma grande metrópole como BH. O processo de inclusão e a acessibilidade vão forçando as pessoas a verem as deficiências, a trabalhar, conviver, a existir do lado dos deficientes , fazendo com que o preconceito ir caia e se modifique.


As pessoas acabam por achar mais comum, algumas até natural, estarem com uma pessoa com deficiência.O projeto vai mostrar o trabalho feito pela ACLB( Associação de Cegos Louis Braille) , que existe desde 1933 e é referência na assistência ao deficiente visual em Minas Gerais, além de orientar a população de como cuidar da saúde dos olhos.


Outro instituto que presta um grande serviço aos deficientes , é o São Rafael ,localizado no centro de Belo Horizonte. Atualmente há dois decretos , duas leis e duas portarias na constituição nacional em favor das pessoas com esta deficiência.


O documentário , como já foi dito visa mostrar a rotina de um cego. A história será contada sem a interferência dos alunos no dia a dia dos personagens. A idéia é que as questões abordadas , fiquem em off, e , apenas as respostas , veiculadas. Também fará parte do documentário , a relação dos deficientes com os meios tradicionais de comunicação como , jornal , rádio , tv , e internet.